Se você me perguntar o que mais me fez falta durante todo esse período de quarentena, com certeza eu vou te responder que foi não poder ter ido a um bom restaurante tomar uma taça de vinho ou marcar um encontro com os amigos no bar.

Aproveitando o tema de Bares e Restaurantes, gostaria de listar três tendências muitos fortes nos próximos tempos para este setor:

1 – Dark Kitchens: Uma cozinha feita fora do restaurante, um espaço segregado, muito mais econômico, menor, projetada simplesmente para atender o delivery. Então, vários aplicativos já subsidiam algumas companhias para elas terem uma dark kitchen em troca de ter exclusividade na distribuição via delivery dos produtos. Já existe até coworking com várias dark kitchens, uma do lado da outra, cada uma com seu cardápio, trabalham para restaurantes diferentes, mas todas feitas exclusivamente para operar no delivery.

2 – Restaurantes temáticos: Você vai perguntar: mas temáticos quanto a cozinha? – italiana, japonesa…Bom, sim. Existe essa tematização. Mas eu estou falando da tematização quanto ao tipo de experiência. Então, imagine ter um restaurante escape, que terá uma mesa em baixo de uma árvore, o chef cozinhando numa fogueira ao lado. Isto é, um escape da cidade, totalmente peculiar.

Quem sabe um chef que tem um restaurante em casa, ele atende um número seleto de pessoas, cozinha na própria cozinha da casa, você come na sala de jantar dele. Ou, ainda, uma experiência sensorial, todos os convidados vendados e as únicas sensações que você tem ali é o sabor da comida e o olfato.

E, ainda, uma sala do restaurante onde você tem cursos, faz o próprio jantar, cada pessoa cozinha com a orientação do chef e no final todos compartilham daquele jantar.

Veja também nosso artigo sobre o raio “gourmetizador”

3 – Restaurantes como plataformas: Como plataforma eu quero dizer hub – vários serviços agregados a esta marca do restaurante. Então, há o restaurante com chef, cardápio e mesas para os clientes. Porém, esse restaurante pode se desdobrar em outros formatos de negócios, de relacionamento, como, por exemplo, uma linha de produtos, que podem ser vendidos no próprio restaurante ou até em supermercados. Ou cursos de gastronomia, ministrados pelo próprio chef e vídeos publicados em um canal do YouTube. Até mesmo uma série para uma plataforma de streaming como a Netflix. Ou, viagens temáticas promovidas pelo restaurante e também hotéis com a marca do restaurante – unindo toda a questão de recepção e hotelaria com gastronomia.

Então, são alguns formatos que estão se desenvolvendo e após a pandemia esses modelos devem começar a tomar a frente do mercado.