Para que um hotel tenha uma performance de excelência e se transforme em um negócio de sucesso, a qualidade da experiência dos hóspedes é fundamental – e algo que tem impacto direto sobre essa questão é a arquitetura.

Entenda, a seguir, como a arquitetura de hotelaria impacta a experiência do hóspede e conheça também o conceito de neuroarquitetura para compreender como isso pode e deve ser usado na construção de projetos arquitetônicos destinados aos hotéis. Acompanhe e confira!

Qual é o impacto da arquitetura na experiência do hóspede?

No setor de hotelaria, o impacto que a arquitetura tem na experiência dos hóspedes é enorme. Dependendo do projeto arquitetônico desenvolvido no hotel, o hóspede pode ter maior inclinação a escolher ou não o local para se hospedar.

Isso tem direta relação com o design de consumo, que também pode ser adaptado para esse setor. Por mais que aqui não ocorram vendas de produtos, há a venda de serviços. Assim, a arquitetura precisa ser construída com elementos que enriqueçam a experiência do consumidor, atraindo-o e fazendo com que ele queira consumir o serviço de hospedagem.

Nesse sentido, a decoração e a disposição arquitetônica formam a primeira impressão que a pessoa tem do local. Com isso, é essencial que o projeto consiga refletir com clareza os conceitos que o hotel deseja transmitir, tenham eles um foco mais sóbrio e clássico ou mais descontraído e moderno.

Para exemplificar a importância que a arquitetura hoteleira tem na experiência dos hóspedes, de acordo com uma pesquisa feita pelo Booking.com, 44% das pessoas que viajam no Brasil acham que a decoração tem mais importância do que a vista do local. Além disso, 31% revelaram que já trocaram de acomodação ao se decepcionar com a decoração.

Algumas questões são centrais no impacto que podem causar e devem seguir a maneira como as pessoas estão se comportando atualmente, ou seja, devem sempre acompanhar a inovação e a mudança nas necessidades dos hóspedes.

Nesse sentido, questões como o conforto ambiental, a interatividade e a tecnologia empregadas no local, o tipo de mobiliário, a conectividade e a integração são fundamentais para serem observadas. Entenda melhor sobre tudo isso a seguir:

Interatividade e tecnologia

A interatividade e a tecnologia utilizadas nos ambientes impactam diretamente a experiência do hóspede. Hoje, a tendência é que as pessoas esperem encontrar ambientes tecnológicos que forneçam experiências sensoriais e mais complexas.

Apenas uma boa cama e um chuveiro de qualidade já não são suficientes para atender às expectativas do público, apesar desses pontos também serem fundamentais.

Integração e conectividade

Outro ponto importante é a forma como os ambientes são projetados. Ambientes mais integrados, com menos segmentação de espaços, impactam positivamente. Atualmente os hotéis não têm mais aquela tradicional divisão de espaços entre restaurante, lobby, bar, mesa de trabalho e outros locais. Todos esses espaços são desenvolvidos para estarem conectados e integrados.

Mobiliário

O mobiliário também tem grande responsabilidade no tipo de experiência que o hóspede terá. Móveis multiuso, por exemplo, conseguem imprimir os conceitos de conectividade e integração mencionados acima.

Eles podem oferecer experiências sensoriais e serem mais flexíveis para que o público possa ser atendido de acordo com suas necessidades, sem que ele encontre uma marcenaria rígida que empobreça e dificulte sua experiência nos ambientes.

Além disso, a funcionalidade dos móveis é indispensável. Cada vez menos detalhes e mais simplicidade é um caminho que vem sendo trilhado e é muito benéfico para contribuir para a experiência dos hóspedes que conseguem encontrar mais funções no mobiliário e ter as necessidades atendidas.

Conforto ambiental

Na parte de conforto ambiental, é preciso fazer uma subdivisão em conforto: visual, acústico, do ar e de ergonomia. Tudo isso tem o poder de impactar positiva ou negativamente a experiência que o hóspede tem no hotel.

Visual

A parte visual deve ser projetada pensando no conforto do cliente, principalmente na questão da iluminação. A quantidade de luz e o posicionamento, por exemplo, são detalhes indispensáveis e que devem ser condizentes com os ambientes e com os tipos de atividades que serão desenvolvidas.

Acústico

Já em relação ao conforto acústico, o projeto de arquitetura precisa compreender a necessidade dos ambientes. Dependendo do caso, pode ser necessário um isolamento acústico, enquanto em outros casos, o ideal é uma absorção sonora. Assim, o profissional deve entender como o hóspede pode ter a melhor experiência acústica nos diferentes espaços do hotel.

Qualidade do ar

O conforto do hóspede também passa pelo ar. Sendo assim, os ambientes devem ser projetados e avaliados para que ofereçam conforto térmico, temperatura adequada, renovação do ar e um satisfatório nível de umidade.

Tudo isso colabora para que o hóspede se sinta confortável e aproveite ao máximo a proposta do ambiente, sem nenhum tipo de experiência negativa proveniente desses pontos.

Ergonomia

Em muitos casos, os hotéis servem como local de trabalho para os hóspedes que não estão apenas passando férias. Afinal, é comum ter que atender algumas demandas de trabalho nos momentos de descanso, por mais pontuais que sejam.

Sendo assim, os ambientes destinados a esse fim precisam ter medidas de conforto, com ergonomia adequada para propiciar um bom rendimento ao hóspede, enriquecendo sua experiência e contribuindo para que ele cumpra suas funções de trabalho com conforto e possa voltar ao lazer.

Qual é o papel da neuroarquitetura na experiência do hóspede?

A neuroarquitetura pode ser definida como o estudo do impacto que o espaço físico tem no cérebro humano. Para diversos pesquisadores da área, o espaço físico consegue impactar inconscientemente o cérebro, mudando as sensações e os comportamentos de uma pessoa.

Com isso, a partir da neuroarquitetura, é possível construir ambientes que reforcem sensações boas e promovam o bem-estar. Isso pode ser usado na arquitetura de hotéis como uma ferramenta para melhorar a experiência do hóspede com elementos sensoriais, naturais e todos os demais que já foram mencionados aqui.

Nos EUA, a neuroarquitetura já vem sendo trabalhada há 20 anos pela Academia de Neurociência para Arquitetura (ANFA). No Brasil, ela ainda é recente, mas pode ser muito explorada, principalmente pelo setor hoteleiro.

Dessa forma, a arquitetura para hotelaria é uma área muito importante, sendo algo que tem grandes impactos na experiência que o hóspede tem em um hotel, implicando na sua satisfação com o serviço prestado e, consequentemente, no sucesso do hotel.

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